Uma professora rígida

Ciao, carissima persona che studia con me!

Come stai?

Eu estou muito bem e bem pensativa esses dias. Você acha que rigidez é um problema?

Ando pensando nisso esses dias, por ter recebido um leve crítica com relação à minha ausência de rigidez. Sabe, nenhum dos meus alunos me definiria como uma professora rígida, mas a definição dessa palavra pode variar também de pessoa para pessoa, de contexto para contexto e até do momento de vida no qual cada um de nós estamos.

Mas mesmo diante dessa polissemia, não acho que sou rígida na maior parte das vezes dentro da minha sala de aula. Essa não é minha natureza, primeiro porque trabalho como professora de uma língua que raramente é a prioridade da pessoa.

Minha aula costuma fazer parte do compromisso pessoal das pessoas, do tempo livre, do hobby. Mas aí eu te pergunto: se você faz algo por hobby, você dá o mesmo respeito que você dá a algo que você faz por trabalho? Por crescimento profissional? Por algo que é útil?

Eu lido com o hobby de muita gente, que é o italiano, mas vejo a diferença que faz quando a pessoa está disposta a respeitar o próprio tempo de qualidade que ela mesma escolheu ter, e minha rigidez, minha cobrança, não está necessariamente ligada a isso.

Acho que essa figura do professor rígido, no caso dos adultos, vem como uma compensação de uma falta de autonomia que algumas pessoas têm.

Você respeitar o seu tempo livre, o seu hobby, o aprendizado no qual você se colocou enquanto adulto é algo do seu processo. Eu facilito, auxilio, organizo atividades de maneira rígida com relação à formação e qualidade, mas parte do processo também se dá essencialmente a partir do comportamento do estudante fora da sala de aula, fora do curso.

Não é fácil lidar com críticas, e foi uma semana difícil por aqui com relação a isso, mas terminei tais dias conversando com meus alunos sobre essas questões, visitando o museu do café com textos traduzidos por mim na parede e conclui muitas coisas.

Uma delas é que o aprendizado, enquanto escolha, como é o caso de quem estuda comigo, depende da rigidez individual do sujeito que aprende, não da minha. É algo que está ligado à seriedade, à disciplina e à dedicação que cada um tem e pode colocar ao fazer uma atividade que vai além do tempo de trabalho.

É o hobby, é o tempo livre, é a nossa escolha e isso merece ser respeitado, rigidamente respeitado por ir além do trabalho e porque é nosso, só nosso.

Infine, buona settimana!