Dar aulas sempre foi uma vontade minha. Cresci tendo muita admiração pelos meus professores e, em especial, os de língua e literatura. Ter a oportunidade de passar para frente um conhecimento novo e dar novos significados para tanta coisa é algo que sempre me fascinou profundamente.
Quando eu ranqueei para a habilitação do italiano na FFLCH USP em 2017, eu já tinha em mente que gostaria de ensinar a língua italiana para outras pessoas porque eu queria que elas tivessem as mesmas portas abertas que eu tive ao estudar uma língua tão incrível. E eu não falo somente de oportunidades de trabalho, pesquisa e tudo mais, mas falo de conhecer mesmo outras fontes de aprendizado e cultura na sua forma mais pura e simples.
Em 2019 eu fiz uma das amizades mais importantes da minha vida que foi a Raquel. Dois anos depois, ela me apresentou uma ideia que traduzia tudo aquilo que eu pensava como forma de ensinar algo novo: desenvolver um trabalho de método afetivo dentro das aulas de italiano, levando sempre em conta as vontades e motivações dos estudantes, criando um espaço que fosse seguro e confortável para o processo de aprendizado. E é exatamente isso que eu busco fazer todos os dias em minhas aulas: criar um ambiente de muito debate e muito aprendizado. Eu gosto de mostrar para meus alunos que é possível aprender uma língua estrangeira usando diversas ferramentas da literatura e do audiovisual, aspectos que eu gosto demais quando estou estudando ou ensinando uma coisa nova.
Todas as vezes que escuto “ouvi Maneskin e lembrei de você, prof!”, “Obrigada pelas informações novas da aula de hoje, foi incrível!”, “Comecei a ler Calvino por sua causa” e tantas outras frases incríveis, me lembro todos os dias a alegria que é poder passar para frente tudo aquilo que aprendi e sou eternamente grata por isso. Essa foto do post representa como os meus alunos me veem todos os dias: fone de ouvido, camiseta de banda e fundo falso. Cada encontro com eles é uma nova oportunidade para aprender uma coisa diferente, e isso é muito incrível!
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