Ciao, carissima persona che studia con me? Come stai?
Eu estou muito bem e tive uma semana muito especial. E ao longo dela, revisitei uma leitura que foi a minha melhor de 2023 até agora. Acredito, na verdade, que não será superada.
O livro A estrangeira, de Claudia Durastanti, foi traduzido pela tradutora de italiano Francesca Cricelli e publicado pela editora Todavia no Brasil e, quando comprei, esperava uma leitura sobre a Itália. Afinal, o livro estava na sessão sobre esse assunto.
Mas esse é um livro de memórias pessoais e contemporâneas, escrito por uma mulher ainda muito jovem, nascida e crescida entre os Estados Unidos e a Itália. Esse é um país da América que também teve vários imigrantes italianos ao longo da história.
Apesar disso, ela não se sente nem estadunidense e nem italiana, é sempre uma estrangeira em constantes mudanças.Ainda criança, a narradora volta à Itália e vive de perto a realidade de paesino italiano e encontra uma adolescência solitária e complicada, graças a esse ambiente de mistura de culturas em que vive.
E seus pais são figuras interessantes também, possuem uma italianidade muito diferente do estereótipo, a começar pelo fato de que são surdos e vivem uma mudança de país, de cultura e de construção de afetos ao longo da vida, ainda que com um casamento muito complicado.
Essa foi uma leitura sensível e que me faz pensar na importância que é a documentação de certas memórias dos detalhes do que se vive, se aprende e se constrói ao longo da vida.
Eu, que estou prestes a dar início à construção se uma nova vida para mim e para a minha família, lembrei desse livro com alegria. Espero que, se você se interesse, ele possa te acolher assim tão bem.
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